DOENÇAS RESPIRATÓRIAS PODERÃO SE AGRAVAR EM SETEMBRO NA CIDADE DE BAURU.
- Leonardo Barros
- 10 de set. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 25 de set. de 2020
Condições de chuvas abaixo da média climatológica, bem como temperaturas mais altas do que a média, favorecerão baixas umidades e o tempo seco, fatores que podem influenciar diretamente pessoas que já possuem doenças respiratórias, de acordo com estudos.
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De acordo acordo com as saídas de modelos de previsão climática nacionais e internacionais, temos que para o mês de setembro, duas influências externas causarão impacto nas previsões de temperatura e precipitação da região:
Modo Anular Sul (MAS): Teleconexão que pode ser caracterizada por valores de pressão atmosférica entre latitudes médias e a região polar. De acordo com Vasconcelos et al (2019), a região sudeste do Brasil está entre as mais afetadas pelo MAS. Analisando os resultados apresentados pelos modelos (CPC/NCEP), a fase do MAS continuará sendo negativa (Figura 1), o que ainda de acordo com Vasconcelos et al (2019), deve influenciar anomalias positivas de temperatura (temperaturas mais quentes) e anomalias negativas de precipitação (precipitação abaixo da média climatológica) em setembro:

Figura 1 - MAS observada e previsões
El Niño Oscilação Sul: De acordo com os resultados apresentados pelos modelos, podemos observar valores negativos para os próximos meses indicando um resfriamento anômalo das águas do Oceano Pacífico Equatorial, indicando meses de La Ninã, um período mais seco:

Figura 2 - El Niño 3.4 observado e previsões
Com isso, podemos esperar temperaturas mais quentes e acima da média climatológica, bem como volumes menores de precipitação, se comparados com a média climatológica para todo o estado de São Paulo, especialmente para o centro-oeste do estado, conforme figuras a seguir:


Figuras 3 e 4 - Previsões de temperatura e precipitação no período de setembro a novembro
Condições de tempo seco e de baixa umidade, esperados para setembro, possuem forte influência no aumento do número de casos de internações e atendimentos por conta de doenças respiratórias, de acordo com estudos de Conceição (2015) e Souza et al (2008).
Texto por Leonardo Barros e Luiz Felippe Gozzo
Fontes:
VASCONCELLOS, Fernanda Cerqueira; PIZZOCHERO, Renan Martins; CAVALCANTI, IRACEMA FONSECA DE ALBUQUERQUE. IMPACTO MÊS A MÊS DO MODO ANULAR SUL NA AMÉRICA DO SUL. Anuário do Instituto de Geociências, 2019, 42.1: 783-792.
DA CONCEIÇÃO, Renaildo Santos, et al. A temperatura do ar e sua relação com algumas doenças respiratórias em Vitória da Conquista–BA. Revista Geoaraguaia, 2015, 5.2.
DE SOUZA, Camila Grosso; NETO, João Lima Sant’Anna. Ritmo climático e doenças respiratórias: interações e paradoxos. Revista Brasileira de Climatologia, 2008, 3.
https://www.cpc.ncep.noaa.gov/products/precip/CWlink/daily_ao_index/aao/new.aao_index_ensm.html
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_respiratorias_cronicas.pdf
http://www.saudedoviajante.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=18
https://www.cpc.ncep.noaa.gov/products/NMME/current/plume.html
https://iri.columbia.edu/our-expertise/climate/forecasts/seasonal-climate-forecasts/
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