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SAÚDE&CLIMA

BAURU

  • Foto do escritor: Leonardo Barros
    Leonardo Barros
  • 12 de out. de 2020
  • 2 min de leitura

Condições de temperaturas mais altas do que a média climatológica, e chuvas esperadas pela média na primeira quinzena do mês, favorecerão baixas umidades e tempo seco, fatores que podem influenciar diretamente pessoas que já possuem doenças respiratórias, de acordo com estudos.


Para informações mais técnicas sobre as previsões climáticas, entre na matéria!


Principais sintomas medidas de prevenção. Fonte: Ministério da Saúde e Governo do Paraná.

De acordo acordo com as saídas de modelos de previsão climática nacionais e internacionais, temos que para o mês de outubro, duas influências externas causarão impacto nas previsões de temperatura e precipitação da região:


  • Modo Anular Sul (MAS): Teleconexão que pode ser caracterizada por valores de pressão atmosférica entre latitudes médias e a região polar. De acordo com Vasconcelos et al (2019), a região sudeste do Brasil está entre as mais afetadas pelo MAS. Analisando os resultados apresentados pelos modelos (CPC/NCEP), a fase do MAS continuará sendo negativa para a primeira quinzena de outubro e positiva para a segunda quinzena (Figura 1), o que ainda de acordo com Vasconcelos et al (2019), deve influenciar anomalias negativas de precipitação (precipitação abaixo da média climatológica):

Figura 1 - MAS observada e previsões


  • El Niño Oscilação Sul: De acordo com os resultados apresentados pelos modelos, podemos observar valores negativos para os próximos meses indicando um resfriamento anômalo das águas do Oceano Pacífico Equatorial, indicando meses de La Ninã, um período mais seco:

Figura 2 - El Niño 3.4 observado e previsões


Com isso, podemos esperar temperaturas mais quentes e acima da média climatológica, bem como volumes de precipitação dentro da média climatológica, para parte do estado de São Paulo, especialmente para o centro-oeste do estado, conforme figuras a seguir:














Figuras 3 e 4 - Previsões de temperatura e precipitação no período de outubro a dezembro

Condições de tempo seco e de baixa umidade, esperadas para a primeira quinzena de outubro, possuem forte influência no aumento do número de casos de internações e atendimentos por conta de doenças respiratórias, de acordo com estudos de Conceição (2015) e Souza et al (2008).


A estação chuvosa, no entanto, deve se estabelecer a partir da segunda quinzena do mês, sem ultrapassar a média climatológica, mesmo com chuvas mais volumosas e constantes. Desta forma, é provável que com o início da estação chuvosa, novembro seja um mês menos impactante em doenças respiratórias. Informações concretas serão divulgadas no início do próximo mês.


Texto por Leonardo Barros e Luiz Felippe Gozzo

  • Fontes:

  1. VASCONCELLOS, Fernanda Cerqueira; PIZZOCHERO, Renan Martins; CAVALCANTI, IRACEMA FONSECA DE ALBUQUERQUE. IMPACTO MÊS A MÊS DO MODO ANULAR SUL NA AMÉRICA DO SUL. Anuário do Instituto de Geociências, 2019, 42.1: 783-792.

  2. DA CONCEIÇÃO, Renaildo Santos, et al. A temperatura do ar e sua relação com algumas doenças respiratórias em Vitória da Conquista–BA. Revista Geoaraguaia, 2015, 5.2.

  3. DE SOUZA, Camila Grosso; NETO, João Lima Sant’Anna. Ritmo climático e doenças respiratórias: interações e paradoxos. Revista Brasileira de Climatologia, 2008, 3.

  4. https://www.cpc.ncep.noaa.gov/products/precip/CWlink/daily_ao_index/aao/new.aao_index_ensm.html

  5. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_respiratorias_cronicas.pdf

  6. http://www.saudedoviajante.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=18

  7. http://enos.cptec.inpe.br/

  8. https://www.cpc.ncep.noaa.gov/products/NMME/current/plume.html

  9. https://iri.columbia.edu/our-expertise/climate/forecasts/seasonal-climate-forecasts/

 
 
 

Condições de chuvas acima da média climatológica, bem como temperaturas mais altas do que a média, proporcionam ambientes mais favoráveis a proliferação do mosquito Aédes aegypti, de acordo com estudos.


Sintomas e medidas de prevenção (Fonte: Médicos Sem Fronteiras).

Quando o período chuvoso se encerra e a temperatura varia muito durante o dia (tardes quentes e as noites frias), o número de casos de dengue aumenta. Esse aumento do número de casos da doença também pode acontecer quando as temperaturas estiverem mais altas, sem a presença obrigatória de chuva, de acordo com estudos científicos (encontram-se nas fontes).


31 trabalhos relacionando a dengue com as condições de tempo e clima foram analisados em um estudo e foi concluído que a principal relação de variações no tempo com o aumento do número de casos da doença encontra-se nos períodos chuvosos e de alta temperatura.


De acordo acordo com as saídas de modelos de previsão climática nacionais e internacionais, teremos temperaturas acima da média climatológica no mês de outubro, mas não chuvas acima da média, principal fator associado ao aumento de casos de dengue. A previsão completa, com todos os detalhes técnicos, estará disponível ainda nessa semana!




Texto por Leonardo Barros

Fontes:

  1. SILVA, J. S.; MARIANO, Z. DE F.; SCOPEL, I. A influência do clima urbano na proliferação do mosquito Aedes aegypti em Jataí (GO), na perspectiva da Geografia Médica. Hygeia - Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde, v. 3, n. 5, 8 jan. 2008.

  2. BARBOSA, Ricardo Falcão. Influence of meteorological variables on the ocurrence of infectious diseases in different locations of Alagoas. 2007. 111 f. Dissertação (Mestrado em Processos de superfície terrestre) - Universidade Federal de Alagoas, Maceió, 2007.

  3. VIANA DV, Ignotti E. A ocorrência da dengue e variações meteorológicas no Brasil: revisão sistemática. Rev Bras Epidemiol. 2013;16(2):240-56.

  4. https://www.msf.org.br/o-que-fazemos/atividades-medicas/dengue?utm_source=adwords_msf&utm_medium=&utm_campaign=dengue_comunicacao&utm_content=_exclusao-saude_brasil_39923&gclid=CjwKCAjw2dD7BRASEiwAWCtCb7mQwZOOYxBWQF2MP-mANZQxg-JitaLvwP0JrG4ZLKD0t5vhjJ13UxoCF7QQAvD_BwE

 
 
 

Atualizado: 25 de set. de 2020

Condições de chuvas abaixo da média climatológica, bem como temperaturas mais altas do que a média, favorecerão baixas umidades e o tempo seco, fatores que podem influenciar diretamente pessoas que já possuem doenças respiratórias, de acordo com estudos.


Para informações mais técnicas sobre as previsões climáticas, entre na matéria!


Principais sintomas medidas de prevenção. Fonte: Ministério da Saúde e Governo do Paraná.

De acordo acordo com as saídas de modelos de previsão climática nacionais e internacionais, temos que para o mês de setembro, duas influências externas causarão impacto nas previsões de temperatura e precipitação da região:


  • Modo Anular Sul (MAS): Teleconexão que pode ser caracterizada por valores de pressão atmosférica entre latitudes médias e a região polar. De acordo com Vasconcelos et al (2019), a região sudeste do Brasil está entre as mais afetadas pelo MAS. Analisando os resultados apresentados pelos modelos (CPC/NCEP), a fase do MAS continuará sendo negativa (Figura 1), o que ainda de acordo com Vasconcelos et al (2019), deve influenciar anomalias positivas de temperatura (temperaturas mais quentes) e anomalias negativas de precipitação (precipitação abaixo da média climatológica) em setembro:

Figura 1 - MAS observada e previsões


  • El Niño Oscilação Sul: De acordo com os resultados apresentados pelos modelos, podemos observar valores negativos para os próximos meses indicando um resfriamento anômalo das águas do Oceano Pacífico Equatorial, indicando meses de La Ninã, um período mais seco:

Figura 2 - El Niño 3.4 observado e previsões


Com isso, podemos esperar temperaturas mais quentes e acima da média climatológica, bem como volumes menores de precipitação, se comparados com a média climatológica para todo o estado de São Paulo, especialmente para o centro-oeste do estado, conforme figuras a seguir:


Figuras 3 e 4 - Previsões de temperatura e precipitação no período de setembro a novembro


Condições de tempo seco e de baixa umidade, esperados para setembro, possuem forte influência no aumento do número de casos de internações e atendimentos por conta de doenças respiratórias, de acordo com estudos de Conceição (2015) e Souza et al (2008).







Texto por Leonardo Barros e Luiz Felippe Gozzo

  • Fontes:

  1. VASCONCELLOS, Fernanda Cerqueira; PIZZOCHERO, Renan Martins; CAVALCANTI, IRACEMA FONSECA DE ALBUQUERQUE. IMPACTO MÊS A MÊS DO MODO ANULAR SUL NA AMÉRICA DO SUL. Anuário do Instituto de Geociências, 2019, 42.1: 783-792.

  2. DA CONCEIÇÃO, Renaildo Santos, et al. A temperatura do ar e sua relação com algumas doenças respiratórias em Vitória da Conquista–BA. Revista Geoaraguaia, 2015, 5.2.

  3. DE SOUZA, Camila Grosso; NETO, João Lima Sant’Anna. Ritmo climático e doenças respiratórias: interações e paradoxos. Revista Brasileira de Climatologia, 2008, 3.

  4. https://www.cpc.ncep.noaa.gov/products/precip/CWlink/daily_ao_index/aao/new.aao_index_ensm.html

  5. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_respiratorias_cronicas.pdf

  6. http://www.saudedoviajante.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=18

  7. http://enos.cptec.inpe.br/

  8. https://www.cpc.ncep.noaa.gov/products/NMME/current/plume.html

  9. https://iri.columbia.edu/our-expertise/climate/forecasts/seasonal-climate-forecasts/

 
 
 
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